segunda-feira, 31 de março de 2014

Oportunidade!

Pessoal, boa tarde!

http://www.premiouniversitarios.logosofia.org.br/

Para quem gosta de ler, escrever e já está matriculado em algum curso de graduação, um concurso literário que vai oferecer como prêmio principal um carro!

Aproveitem, pesquisem, acessem!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Para relaxar...

Pessoal, bom dia!

Hoje, apenas um poema para relaxar!


o assassino era o escriba (Paulo Leminski)

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1ª
conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre
achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conetivos e agentes da passiva,
o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

domingo, 23 de março de 2014

Predicativo do Objeto

Boa noite, queridas cumbuquinhas para chá! Hehehe...

Conforme prometi, um artigo que fala sobre Predicativo do Objeto. Sei que parece um tema complicado e, por vezes, de difícil compreensão e reconhecimento. Porém, com um pouco de atenção, dedicação e exercícios podemos sanar nossas dúvidas.

Primeiramente, precisamos mencionar que o Predicativo do Objeto é uma característica atribuída ao objeto (direto ou indireto), ou seja, um termo que se liga somente ao complemento verbal, aparecendo junto de verbos chamados Transobjetivos (pesquisem sobre esse tipo de verbo).


a) O público considerou a atitude do cantor ousada.

b) Chamei a ele de perverso.

c) As mulheres julgam os homens insensíveis.


Observem os três exemplos acima: em todos eles, há a ocorrência de Predicativos do Objeto. Algumas dicas que ajudam a identificar esse termo:


1) Quase sempre ele pode ser deslocado para qualquer parte do predicado, sem modificar o sentido da oração (faça o teste com as orações anteriores);

2) São sempre características atribuídas, nunca inerentes (fato que os difere dos Adjuntos Adnominais);

3) Troque o objeto direto das orações por um pronome oblíquo correspondente e perceberá que o sentido não será alterado (O público considerou-a ousada / Chamei-lhe de perverso / As mulheres julga-nos insensíveis);


Com isso, tenho certeza de que poderão identificar esse termo com facilidade e sem medo de serem felizes!


Sem dúvida, o artigo deixou vocês contentes!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<www.soportugues.com.br>. Banco de dados. Acesso em: 23 mar 2014.

MOURA, F. Gramática aplicada ao texto: com todas as resoluções comentadas. 7. ed. Brasília: Editora Vestcon, 2007.

PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. 4. ed. 11. imp. São Paulo: Editora Ática, 2007.


segunda-feira, 17 de março de 2014

Estudem!

Boa noite, povo lindo!

Hoje foi falar de todos os tipos de objetos diretos e indiretos que existem na face da Terra da Língua Portuguesa! Hehehe...

Sei que é muita coisa para ser lembrada e estudada para o vestibular da UnB, porém, como é um assunto recorrente nas provas, preciso dissertar e comentar sobre ele.


a) Os deputados aprovaram a lei.

b) Pediremos ajuda ao professor.

c) Quero uma vaga na UnB. Vou conquistá-la com muita dedicação e estudos.

d) Obedeci-lhe, porque se trata do meu chefe.

e) Os alunos, dão-lhes pouca credibilidade.

f) Provei da torta.

g) O empresário deu-se férias de alguns dias.

h) Esqueci-me de pagar a conta de luz.

i) Roubaram-lhe a carteira com todos os documentos.


No primeiro e no terceiro caso, temos o objeto direto clássico, ora formado com um substantivo, ora formado com um pronome oblíquo. Nos segundo e quarto casos, são objetos indiretos, feitos da mesma forma que os anteriores (substantivo e pronome, respectivamente).

Na quinta ocorrência, temos o nosso objeto pleonástico (e, nesse caso, objeto indireto pleonástico), ou seja, aquele que aparece propositalmente duas vezes, sendo uma como termo topicalizado e outra como complemento pronominal.

No caso seguinte, surge o objeto direto preposicionado. Percebam: eu poderia fazer “Provei a torta”, porém, optei por dar outro sentido ao verbo, mantendo-lhe sua transitividade como direta.

Seguindo, temos o famoso objeto direto reflexivo (sujeito que pratica e sofre a ação verbal) e o pronome fossilizado, ou também chamado de parte integrante do verbo (na construção do verbo, é necessário se utilizar o pronome).

Por fim, temos o chamado objeto indireto dativo de posse, ou seja, apenas uma partícula que realça a ação ocorrida. Experimente trocar esse “lhe” por “sua” e perceba que o sentido é o mesmo (não confunda isso com objeto pleonástico!).

Sendo assim, percebam a quantidade de complementos verbais que podem ser utilizados, cada um expressando um sentido diferente.

Obviamente, em se tratando de vestibular, a tendência é que sejam cobrados os tipos menos comuns (os cinco últimos). Contudo, vale a pena estudar todos!


Bons estudos! 

domingo, 16 de março de 2014

Objeto Ple.. o quê?

Boa tarde!


Atendendo a milhares de pedidos (hehehe), vou explicar esse tal de objeto direto pleonástico.

A palavra pleonasmo significa repetição desnecessária, redundância, que poderia ser evitada, como em “Entrar para dentro”, ou “Sair para fora”, ou “O escritor escreveu”... Enfim, pode-se evitar esse tipo de construção na escrita em sua modalidade padrão ou culta.

O Objeto (Direto ou Indireto), por sua vez, é um complemento que aparece junto ao verbo com ou sem a necessidade de preposição.  

Quando combinamos as duas coisas, temos o que podemos chamar de Objeto Direto Pleonástico ou Objeto Indireto Pleonástico. Observem:

a) Os garotos, vi-os subindo no telhado da casa (ou vi eles – uso popular);

b) Às mulheres, nós homens agradamos-lhes (ou agradamos a elas – uso popular);

c) Um presente, o garoto pediu-o ao Papai Noel ou;

d) Ao Papai Noel, o garoto pediu-lhe um presente.

Ou seja, temos um termo que foi separado por vírgulas (recordamos o assunto de Topicalização), o qual funciona como complemento do verbo da oração, porém esse termo é retomado de maneira pleonástica, repetitiva após a vírgula. Percebam que na primeira oração, por exemplo, poderíamos escrevê-la assim: “Vi os garotos subindo no telhado de casa”, ou seja, sujeito + verbo + complemento.

E por que foram escritas assim? Apenas para se dar ênfase na palavra destacada, colocando-a em evidência. Esse tipo de escrita é muito comum na publicidade, ou em textos literários.

Nossa língua, é tão fácil utilizá-la (utilizar ela)!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<www.soportugues.com.br>. Banco de Dados. Acesso em: 16 mar. 2014.


MOURA, F. Gramática aplicada ao texto: com todas as resoluções comentadas. 7 ed. Brasília: Ed. Vestcon, 2007.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Topicalização...

Boa tarde, pessoal!

Bom, vou retomar um tema que já havia mencionado em algum artigo anterior.



Esta propaganda do governo federal apresenta, conforme foi dito antes, duplo sentido:

a) “Crack, é possível vencê-lo” ou “Crack, é possível vencer ele”, ou seja, como se “Crack” fosse um complemento do verbo vencer, daí poderíamos reescrever esse termo como “É possível vencer o Crack”;

b) “Crack, é possível vencer” (na vida, sem usar a droga etc.), ou seja, o verbo “vencer” seria intransitivo e o que fosse colocado após ele seria adjunto adverbial.

Existe uma situação no Brasil que foge à regra de que a sintaxe correta do português é “Sujeito-Predicado”, chamada “Topicalização” ou “Estrutura Tópico-comentário”.

Consiste em destacar uma palavra, separando-a ou não com vírgula à esquerda, e construindo-se a oração com predicado. Observe:

1) O relógio, o ponteiro quebrou;
2) O Brasil, ele saiu da crise;
3) O rato, o gato comeu;
4) O carro furou o pneu.

Vejam que todas as orações acima foram construídas em forma de tópicos (“o assunto principal”) e o que aparece depois é chamado de comentário. Há possibilidade de se realizar essa construção com outros termos da oração, como, por exemplo, adjuntos adverbiais (Faço esse trajeto constantemente. / Constantemente, faço esse trajeto).

No trecho “Crack, é possível vencer”, a primeira palavra está em forma de tópico e o que aparece depois é, pois, o comentário. Dessa forma, numa primeira leitura, não percebemos essa ambiguidade, porém, refletindo-se sobre essa particularidade, é possível perceber essa característica. Com isso, podemos afirmar que há, pelo menos, duas formas de se construir esse tipo de oração no Português Brasileiro.

Agora, observem esta outra propaganda:



Nessa divertida e criativa propaganda, ao final, diz-se a seguinte oração:

A CADA UM MINUTO, QUATRO COISAS VENDEM

Bom, a princípio, essa frase não apresenta problema, pois o sentido expresso por ela está claro e o objetivo comunicativo foi alcançado. Porém, ao utilizarmos a teoria anteriormente citada sobre “Topicalização”, observamos características que são parecidas, ou seja, um tópico inicial separado por vírgula e um comentário depois.

No entanto, percebemos que a topicalização acontece, geralmente, quando se desloca o sujeito, ou seja, essa oração deveria estar topicalizada assim: “Quatro coisas, vendem a cada um minuto”, ou “Quatro coisas, a cada minuto vendem”. Verificamos, então, que na oração usada na propaganda, o que está topicalizado é o adjunto adverbial de tempo (a cada um minuto).

Poderíamos, assim, reescrever esse termo de duas formas diferentes, utilizando-nos da chamada “Voz Passiva”, ou seja:

a) A cada um minuto, quatro coisas são vendidas (formando voz passiva analítica), ou;

b) A cada um minuto, vendem-se quatro coisas (formando voz passiva sintética).

Daí vocês se perguntam e me perguntam: por que isso não foi feito? Primeiramente, porque se trata de linguagem publicitária, que exige uma rapidez e uma objetividade típicas desse tipo de gênero. Em segundo lugar, porque, sonoramente, não ficaria tão interessante cantar essa oração da forma como fiz anteriormente. Experimente fazer isso... De fato, não soaria da mesma forma.

Enfim, nossa conclusão é a de que a linguagem é como nossa roupa: utilizamo-la de formas diferentes, dependendo do objetivo a ser alcançado, ou do contexto no qual nos encontramos. 

O Português Brasileiro, não é difícil aprender!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

100 Mitos da Linguagem. In.: Revista Língua Portuguesa. Ano 9. Número 100 São Paulo: Editora Segmento, fev 2014, p. 32.

PERINI, M. Gramática Descritiva do Português. 4. ed. 11.  impr. São Paulo: Editora Ática, 2007.