terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

E a educação... Como vai?

Bom dia!

Hoje pela manhã li esta notícia e, sinceramente, não me surpreendeu:



Vamos realizar: aumentar o "piso" (buraco) salarial dos professores pode acarretar num "prejuízo" para os municípios e para os estados. Ou seja, remunerar em quase R$ 1500,00 um professor não é um bom negócio...

Bom, é óbvio que isso vai gerar prejuízo! Afinal de contas, um professor pode muito bem trabalhar 40h numa escola (e mais algumas muitas horas em casa, preparando aulas, corrigindo provas, trabalhos etc) e ganhar menos do que um deputado ou um senador que trabalha (sic) 1/3 do ano e ainda recebe 14º, 15º, 16º... 20º... 30º salários. E isso não gera nenhum "prejuízo" para o Estado.

É bem verdade que este tem sido um tema recorrente e até, certo modo, repetitivo e cansativo de ser comentado. Porém, venhamos e convenhamos: quanto vale a educação neste país? Quanto vale formar não apenas alunos, mas cidadãos de bem, éticos, compromissados, críticos, reflexivos e conscientes de seu papel perante a sociedade e perante a vida? Quanto vale investir na carreira de um profissional responsável pelo futuro de muita gente?

Fato é que a educação deste país segue princípios ligados à elite "burguesa" e "cultural", herança de nossos antepassados muito mais preocupados com acúmulo de capital, esquecendo-se do bem-estar comum e tão necessário para crescimento e amadurecimento de uma nação. Formar professores neste país sai mais barato que promover campanhas publicitárias falidas acerca dos perigos de beber e dirigir. Isso porque não se investe em... Educação. Sai muito mais barato até que organizar o carnaval e mais barato ainda que manter bandidos na cadeia...

A educação vem se transformando numa espécie de "válvula de escape", de "bode expiatório" para os problemas nacionais. Ora, é evidente que o problema está na escola! O significado desta palavra reflete sua própria decadência: é "Estabelecimento onde se ensina..." ou "Estabelecimento onde se ministra ensino coletivo". Já o verbo ensinar, quando é transitivo, indica "Transmitir conhecimentos, instruir, educar, doutrinar", e quando é intransitivo significa "Pregar". Alguns dicionários ainda colocar como sinônimos os verbos "domesticar", "amestrar (adestrar)", "treinar". Enquanto o verbo "educar" pode exprimir a "ação de desenvolver a faculdades psíquicas, intelectuais e morais" ou mesmo "Conhecimento e prática dos hábitos sociais ou boas maneiras". E a palavra "piso"? Literalmente, significa "chão"!

O que tudo isso pode significar para nós? Estamos lutando pela educação ou pelo ensino (escola)? Temos um Ministério da Educação ou Ministério do Ensino? Não estou afirmando que ambos os léxicos são divergentes, ao contrário, uma coisa leva à outra. Estou apenas deixando um comentário pessoal: será que o Estado tem estado presente, ou anda faltando muito sem justificar sua ausência? Será que ele está sendo mol(estado)? Cadê o at(estado)?


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